"Estava eu em Lisboa a desfrutar de uma visita à FIA (Feira Internacional de Artesanato) quando recebo uma mensagem da Ilda convidando-me para escrever este prefácio.
Li a mensagem e apressei-me a ligar. Precisava de ouvir a voz dela e sobretudo de a parabenizar pelo SONHO concretizado – o Livro de poemas da Ilda nasceu.
Confesso que naquele momento nem se me colocou a ideia de recusar o convite. Como poderia? A Ilda sonha com isto há anos. Eu sei. Eu vi. Eu ouvi-a falar sobre isto. Eu conheci a Ilda. Eu testemunhei o percurso de determinação, de fé e de coragem que ela entrega a tudo o que faz. A Ilda “fala” sem falar.
Conheci a Ilda há mais de 10 anos quando ela se inscreveu na formação de educação parental pela qual eu era responsável e formadora.
Conheci a Ilda e o marido (Américo) e eles imediatamente se destacaram pela delicadeza e pela humildade encantadora de quem acreditava ter muito a aprender sobre como educar um filho (Diogo).
Todas as pessoas que passam pela formação deixam a sua marca, deixam parte das suas pequenas histórias de vida e partilham dificuldades, mas também sonhos e esperanças.
Um dos maiores sonhos deste casal era abrir a sua própria Agência Funerária (escusado será dizer que conseguiram) e o sonho da Ilda era um dia publicar um livro com os seus poemas.
Chegou o momento. A Ilda vai publicar o seu Livro de Poemas.
Depois do susto inevitável que é o tomarmos consciência de que temos em mãos uma tarefa que alguém nos confia sem sabermos muito bem como o vamos fazer, veio a calma e a tranquilidade de saber que apenas tenho de conhecer a Ilda para deixar o meu coração falar.
Falar o que se sente sobre ela, sobre o seu talento e sobre a sua incansável determinação e persistência. Não sei escrever poemas. Adoro escrever mas não sei escrever poemas. Admiro quem o faz.
Não sei se vos acontece o mesmo, mas quando leio um poema, tenho a sensação de que as palavras escritas pelo autor fluíram fácil e levemente para a folha de papel.
Aposto que nem sempre será assim. Ou será?
É que sabem?
Os poemas da Ilda parecem ter deslizado daquela mente (aparentemente) calma para o papel. Parecem ter saído daquele corpo tal e qual como são sentidos – sem esforço algum.
E, nós, meros leitores, deleitamo-nos com a suavidade e a leveza daquelas palavras escritas (aparentemente) sem esforço.
Não é isso só por si poderoso?
Não é absolutamente incrível que eu, que todos vocês, ao lermos os poemas escritos por alguém, tenhamos essa sensação imediata de leveza?
Não é espantoso o talento de quem tem o poder de despertar em nós emoções de leveza e tranquilidade?
É isso que a Ilda faz quando escreve os seus poemas. É isso que a Ilda faz quando fala e quando não fala. Transmite-me leveza.
Sou uma felizarda por ter a oportunidade na minha vida de me cruzar com pessoas que me inspiram de muitas formas. A Ilda foi uma dessas pessoas que não passa despercebida, que tal e qual o poema de Antoine de Saint-Exupery: “passa por nós, deixa um pouco de si e leva um pouco de nós”.
Sou uma felizarda por ela me permitir escrever este prefácio sem sequer saber como se pensa, como se sente e como se constrói um poema.
Mas há algo que eu sei, quando amamos o que fazemos, quando amamos a vida mesmo quando ela não nos é fácil, quando somos persistentes o suficiente – o Sonho ganha forma.
A Ilda é tudo isso. Não haverá como não gostar de a ler.
Desculpem a alusão, mas não sei se conhecem o livro da nossa apresentadora Teresa Guilherme - “Cheguei onde me esperavam” – pois é isso mesmo que eu sinto - A Ilda chegou aonde eu a esperava.
Parabéns querida Ilda.
Matilde Dias
Psicóloga clinica"
top of page

5,00 €Preço
bottom of page