Uma Internet que não precisa de aparelhos. Transportes que são meros passatempos. Atividades ininterruptas; interessantes e inúteis. Eternidade seria a cultura do momento, nada além de manter-se entretido. Um viajante descobre-se num mundo desconhecido e numa época indefinida. Percorre espaços e conhece seus habitantes, sem conseguir responder as perguntas mais simples: onde, quando, está? Seus novos companheiros são humanos, disso não tem dúvida. Mas, em tudo mais são diferentes: andam, exercitam-se incessantemente, comunicam-se sem falar, dispõem de todas as informações e guiam-se por elas; são todos jovens, saudáveis e esportistas. Também existem crianças, mas é difícil saber como estão relacionadas com os outros. Alguma coisa dirige e mantém todo aquele mundo: o Sistema, mas pouco ou nada se fala sobre ele. Seria o viajante, com sua memória de mundo passado como o que nós conhecemos, verdadeiramente um explorador do tempo e espaço, ou seria apenas uma ilusão? Um mundo onde tudo parece perfeito, onde todos os desejos podem ser realizados, onde a vida não tem limites, onde somente a imaginação restringe as possibilidades. Seria esse o mais ideal dos sonhos, a Utopia dos filósofos, onde cada um poderia ser e ter tudo, para si e para os outros, sem custos, sem trabalhos? Tudo tão bom que se torna inevitável perguntar: esse lugar poderia vir a existir?
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5,00 €Preço
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