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Prefácio:

"Sinto muito ter que dizer isso, mas o livro que você acaba de abrir é extremamente desagradável.

Desagradável para todo homem ou toda mulher que ciente ou inconscientemente continua no cárcere dos paradigmas sociais

referentes à posição da mulher numa sociedade machista.

Desagradável porque a refugiada em questão é a representação de mulheres que enterram a sua sensibilidade e apresentam-se num

cenário de guerra, cujo pano de fundo é feito por restos de roupas militares e civis que inocentemente, perderam direito de residir em

seus corpos e as granadas fazem a sonoplastia, outrossim, a vida sexual rouba a cena sempre que a personagem se sente no direito de

dizer o que quer, quando quer e chama as coisas pelos seus nomes, o que não é comum nesta sociedade.

Se me tivessem convidado para propor o triângulo criativo da autora, de acordo com a minha percepção da obra, assim como seus escritos anteriores, colocaria a imaginação no topo, a memória a direita e o quotidiano seria o fecho do triângulo, esse último ponto (o quotidiano), provavelmente irá arrebatar-te pela forma como a autora debruça os conflitos internos e externos da mulher, e o papel que foi confiado aos fantasmas que encurtaram a rota nesse refúgio.

É com muito gosto que digo que este livro é extremamente agradável e pontual para toda pessoa que sonha em libertar-se e libertar as outras, desde que se refugie em cada página desta obra."

Mário Mazive - Pesquisador holístico/ Encenador/ Palestrante

E-book de "A Refugiada" de Teresa Taimo

5,00 €Preço
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